ALEXANDRE DESPLAT

Enviado por admin em ter, 09/26/2017 - 16:15

Não há mais sobreviventes da idade de ouro da música no cinema, sentimos apenas alguns ecos de páginas memoráveis que ficaram perpetuadas no tempo de trabalhos como King Kong de Max Steiner, A Volta ao Mundo em 80 dias de Victor Young, Psicose de Bernard Herrmann e alguns outros que ecoam pelos quatro cantos do cinema, inspirando uma nova safra. Da segunda geração de compositores do cinema, o ritmo de trabalho já não acompanha a mesma expressão e força com que esses nomes surgiram nos anos sessenta, como Ennio Morricone, Maurice Jarre, John Barry e o próprio John Williams que continua ativamente produzindo. Veio uma terceira geração de compositores, muitos egressos dos movimentos populares musicais dos anos setenta, como é o caso de Marc Shaiman, James Newton Howard, Danny Elfman. Surgiu no cinema uma quarta geração, que representa uma grande renovação de safra, só que existe um profundo descompasso quanto ao calibre dos importantes nomes que perpetuaram no tempo trabalhos rigorosamente inesquecíveis para a lembrança de todos aqueles que apreciam a boa música no cinema. Mas dessa quarta geração, temos a grata satisfaça quanto a observar que existem raras exceções que acabam se constituindo em exemplos notáveis, carregando uma esperança quanto a uma oxigenação saudável no jeito de compor para o cinema, conservando alguns temperos que são rigorosamente insubstituíveis. Por exemplo, o tempero de uma orquestra completa, jamais conseguirá ser seguida por recursos tecnológicos de sintetizadores e programas de computador. Bem, feito este preâmbulo, estamos aqui hoje para homenagear um aniversariante dessa quarta geração de compositores que veio para ficar e coloca seu nome no patamar de compositores que representam a reencarnação dos grandes mestres, seu nome Alexandre Desplat.

Um dos mais expressivos trabalhos de Desplat foi sem dúvida a sua trilha sonora para Grande Hotel Budapest.A música Mr Moustafa